segunda-feira, 9 de junho de 2008
“Olha a bala maluquinha, são quatro por dez, tem de morango, chocolate, abacaxi, coco, uva e menta”. Naquele momento com o balançar do trem, por sinal em condições precárias, era como se estivesse entrando num teletransporte, tudo voltou em frações de segundo. Minha infância, o cheirinho da hora do lanche, o sino que avisava que era chegada a hora de ir embora... E principalmente o Sr. Cícero que ficava na porta da escola esperando os alunos sair para vender as famosas balas maluquinhas. Achei ate que nem existisse mais as deliciosas balas, mas pensei errado, elas existem sim, e muito mais próximo do que eu imaginava. Logo ali na estação de trem fundada em 1873 e ponto de encontro diário de centenas de trabalhadores.
Achar novamente a bala maluquinha, como diria minha sobrinha”foi o máximo cara”, mas muito mais do que isso, achar essa bala com gosto de infância me fez perceber como o tempo passou rápido, agora eu não era mais uma criança que usava tênis “Bical” e tinha uma bicicleta “Caloi “com cestinha na frente, agora eu era uma mulher com responsabilidades e objetivos na vida. Muito mais do que esperar minha mãe quando a aula terminava, agora eu esperava outras coisas, esperava colher os frutos da infância bem aproveitada e das noites passadas em claro, estudando nas vésperas da prova. Esperava virar gente grande não só no tamanho, mas principalmente na maturidade e conhecimento.
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